É lógico que você, como praticante de exercícios físicos, não tem que ter este conhecimento de forma aprofundada. Mas saber o que são e a influência delas em seu treinamento, é fundamental!
De forma geral, temos a cadeia cinética aberta e fechada. Cada uma delas é usada em seu treino. Como eu sei disso? Simples, se você faz os movimentos básicos na musculação, já terá uma alternância entre elas.
Qual a diferença entre cadeia cinética aberta e fechada?
Basicamente, estas cadeias tem uma relação direta entre a carga utilizada e os componentes neuromotores do movimento.
Cadeia cinética aberta – O que é e exercícios
Consideramos cadeia cinética aberta, aquela onde os pontos distais do corpo (mãos e pés) não estão fixos. Eles sofrem uma influência direta da gravidade e necessitam de maior trabalho de estabilização.
Um caso muito comum são os movimentos com halteres, como supino com halteres, puxadas, elevações e outros. O ponto distal, neste caso a mão, está “livre” e as unidades motoras tem de fazer o papel de manter o controle do movimento.
Mas não são apenas os movimentos com halteres que se classificam como cadeia cinética aberta. O exercício Leg Press, por exemplo, também é considerado cadeia cinética aberta, pois os membros distais se movimentam, enquanto o tronco está fixo.
Cadeia cinética fechada – O que é e exercícios
A cadeia cinética fechada, obviamente, é o oposto da aberta. Neste caso, os pontos distais estão “presos” e não se movimentam. Grande parte dos movimentos para membros inferiores, se classifica como cadeia cinética fechada.
No geral, com a cadeia cinética fechada, é natural que seja mais fácil usar cargas um pouco mais elevadas. Mas isso não é via de regra.
Um exemplo clássico de cadeia cinética fechada é o agachamento livre. Nele, os membros distais estão fixos ao chão e é o tronco que realiza o movimento.
Cadeia cinética mista – O que é e exercícios
Há ainda, a cadeia cinética mista, que “mistura” ambos. Um caso muito conhecido, é o do supino com barra. Os membros distais, neste caso as mãos, estão “presos” um ao outro pela barra, mas podem se movimentar no espaço.
Esta é uma classificação que muitas vezes, não aparece na literatura. Porém na prática, ela é muito utilizada.
Mas como estas cadeias cinéticas influenciam seu treino?
Basicamente, as cadeias cinéticas estão mais ligadas as questões neuromotoras. Os exercícios de cadeia cinética fechada, tendem a ser mais funcionais. Mas isso não é via de regra.
Na prática, é muito importante que eles sejam feitos com variações. Optar apenas por cadeias cinéticas abertas ou fechadas, vai deixar seu treino limitado.
Porém, é importante entender alguns pontos. É natural que um iniciante tenha mais dificuldade com movimentos de cadeia cinética aberta. Afinal, ele tem menos controle muscular e consciência corporal.
Por isso, muitas vezes usamos movimentos de cadeia cinética fechada, nos primeiros treinos. Mas isso depende de uma série de fatores.
Em um contexto geral, é fundamental que você utilize ambas as cadeias em seu treino.
Quanto maior o estímulo muscular e neuromotor, melhor. Por isso, não podemos trabalhar apenas com um tipo de cadeia cinética.
Quanto maior a qualidade e a variabilidade de movimentos, melhor para seu treino. Por isso, busque variações inteligentes de movimento, usando estes conceitos de cadeias cinéticas, mas sempre preservando a qualidade do estímulo. Treine sempre com a orientação de um bom profissional.
Bons treinos!