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Agachamento no smith, fazer ou não?

O agachamento no Smith envolve muitas pessoas que o criticam e outras que o defendem. Mas afinal, quais os pontos positivos e negativos de sua utilização?
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O agachamento no Smith, ou barra guiada, como alguns preferem, divide opiniões. Alguns o defendem, outros dizem que ele é ruim para o desenvolvimento muscular e funcional dos alunos.

Como eu sempre gosto de ressaltar, a grande maioria dos exercícios tem contraindicações de pessoas ou contextos. Eles podem ser usados em diferentes momentos, com ótimos benefícios.

Se formos nos basear no agachamento no Smith, veremos que é exatamente este o caso. Existem momentos, em que ele não é tão efetivo e até é contraindicado. Em outros, ele ajuda a compor uma estratégia altamente eficiente.

Mas antes de falarmos mais especificamente deste ponto, temos que entender os argumentos das pessoas que dizem que ele não deve ser usado.

Agachamento no Smith, problemas de execução

Vamos partir do ponto de que o praticante não tem problemas de execução neste movimento. Desta forma, poderemos avaliar apenas seus benefícios e malefícios.

Pelo fato de a barra ser guiada, ou seja, tem uma trajetória linear e fixa, temos algumas questões.

No agachamento livre, temos uma pequena inclinação do tronco para a frente, no intuito de manter o equilíbrio. Este é o movimento funcional. Ou seja, a trajetória do tronco não é linear. Ele se projeta a frente entre 15 e 45 graus, dependendo de cada caso.

No agachamento na barra guiada, isso não acontece. Ou seja, não há uma maior distribuição da carga pelo tronco. Com isso, dependendo da forma como o movimento é realizado, há uma maior sobrecarga na porção lombar.

Além disso, há muitas pessoas que executam errado o agachamento no Smith. Desde o posicionamento dos pés, da movimentação, da amplitude e tudo mais. Mas neste caso, não é um problema do aparelho, certo?

Já existem no mercado máquinas que fazem este certo grau de angulação do tronco, mas eles ainda não são muito populares nas academias.

Por hora, é importante entender que em determinados contextos, a utilização do agachamento no Smith não é a mais indicada. Mas em outras, ele poder ser muito útil. Vamos então ver os prós e contras da utilização do agachamento no Smith!

Agachamento no Smith, razões para usar e para não usar!

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Confesso que em determinados momentos, também não sou um grande admirador do agachamento no Smith.

Não uso ele com grande parte dos alunos, principalmente os mais avançados. Exceto em momentos específicos. Para que isso fique mais claro, vou elencar algumas vantagens e desvantagens do agachamento no Smith!

Vantagens do agachamento no Smith

1.  Controle do movimento mais fácil:

Muitas pessoas acham que o agachamento envolve apenas força muscular. Não, temos o equilíbrio sendo envolvido fortemente.

Isso, sem falar da flexibilidade. Neste caso, uma pessoa que está em processo de aprendizagem do movimento (ou reaprendizagem, no caso de reabilitação, por exemplo) terá vantagens em usar o agachamento no Smith.

Sempre lembrando que a execução precisa ser muito bem feita. Posicionar os pés de forma natural, nunca mais a frente do quadril, descer até o ponto máximo que ainda conseguimos manter as curvaturas da coluna e outros.

2. Aprendizagem motora melhorada para iniciantes

O primeiro item complementa este. Se o movimento é executado de forma mais fácil, será muito mais fácil “aprender” a agachar. Isso pensando em termos de aprendizagem motora e consciência corporal. Ou seja, com pouca ou nenhuma carga.

Em pessoas que tem dificuldades para agachar, por falta de controle muscular, equilíbrio ou outro fator, podemos usar o agachamento no Smith aprimorar o movimento, juntamente com outros educativos.

Leia também:

Exercício Stiff, como utilizá-lo corretamente em seu treino (5 dicas importantes)

3. Possibilidades de estímulos mais intensos

Imagine que você fez um treino intenso de coxas e glúteos e quer “finalizar” com um estímulo mais agudo. Pelo fato de não exigir tanto controle dos músculos, que neste caso já estariam fadigados, o agachamento no Smith pode ser muito interessante.  

Desta forma, teremos um movimento com boa amplitude, muitos músculos envolvidos e que pode ser usado para dar um último estímulo.

Desta maneira, temos mais intensidade, mais microlesões teciduais adaptativas e menos risco de lesões. Ressaltando, que eu quando uso esta estratégia, geralmente utilizo estímulos metabólicos, com menos carga.

Da mesma forma, ele pode ser usado no início do treino como “aquecimento”.

Desvantagens do agachamento no Smith

1. Movimento não funcional

Como já citei acima, pelo posicionamento da barra, não há angulação natural do agachamento. Na prática o que isso significa? Primeiramente, em longo prazo, com a utilização inadequada e excessiva do agachamento no Smith, podemos desenvolver lesões.

Pelo posicionamento da coluna, em alguns casos, pode haver um aumento da sobrecarga nos discos intervertebrais e nos músculos estabilizadores da coluna.

2. Pouco aumento do equilíbrio:

Como o movimento é guiado, controlado pela barra, não há um aumento considerável do equilíbrio. Com isso, menos unidades motoras são solicitadas durante a sua execução.

Se formos comparar com o agachamento livre, não há a mesma sobrecarga muscular. Além disso, em termos de funcionalidade, não há como comprar ambos os movimentos, já que o agachamento livre é muito mais efetivo.

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8 Maneiras de intensificar seu treino de pernas e ter melhores resultados

Conclusão:

Resumindo tudo isso, o agachamento no Smith é eficiente, desde que empregado no contexto correto. Ele pode ser usado sempre ou por qualquer pessoa? De forma alguma. A periodização e a individualidade precisam ser pensadas em cada ponto, incluindo a escolha dos exercícios.

Se você já tem um histórico de dores e lesões lombares durante a execução desse exercício ou  outros que se aproximam dessa sinergia, o recomendado é evitar e só realizar com a aprovação de um profissional após avaliações. Bons treinos!

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Sandro Lenzi

CREF: 22643-G/SC Profissional de educação física apaixonado pelo desenvolvimento humano. Atuo como produtor de conteúdo, personal trainer e com consultoria online. Quer ter um treino personalizado? clique aqui.

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5 Comentários

  1. Ok Sandro, obrigado.

    E quanto ao lado da inclinação, qual o correto? A parte alta do smith inclinada para frente ou para trás no agachamento?

    Pergunto pois não achei nenhuma literatura sobre isso. Obrigado.

  2. Muito bom o artigo Sandro. Tenho algumas dúvidas e gostaria da sua opinião. Entre a barra guiada fixada em ângulo reto (90°) e a barra inclinada (<90° em relação a estrutura – como parece ser o da foto) qual vc prefere? E ainda, em relação a esse smith inclinado, em qual lado da inclinação devemos realizar o agachamento?
    Imagino que a posição correta seja como na foto, mas gostaria de confirmar.

    1. Olá Glauco! A barra inclinada traz um movimento mais natural do agachamento, por isso, quando possível, sempre prefiro ela. Porém, muitas academias não dispõe deste equipamento.

      Mas se tiver que escolher entre ambas, a inclinada é melhor, do ponto de vista cinesiológico e biomecânico.

      Abraços!

      1. Ok Sandro, obrigado.

        E quanto ao lado da inclinação, qual o correto? A parte alta do smith inclinada para frente ou para trás no agachamento?

        Pergunto pois não achei nenhuma literatura sobre isso. Obrigado.

  3. Resumindo : Nao tras nenhum maleficio, utilizado na fase adaptativa, profilaxia, mulheres , reabilitação e bem vindo nas fases iniciante e intermediário, depois nao faz sentido manter, tera que passar para o agachamento livre.

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