Treino de Peito

6 Dicas para potencializar os resultados no supino reto

O supino reto é um dos exercícios mais usados para o treinamento de peitorais. Veja neste artigo como potencializar seus resultados!

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O treinamento de força e a musculação em geral vem passando por algumas mudanças conceituais. Houve um tempo em que buscava-se exercícios cada vez mais “isolados” acreditando-se que estes eram mais eficientes.

Porém, várias pesquisas e linhas de pensamento vem mostrando que os exercícios multiarticulares são mais eficientes para a hipertrofia. Pois bem, neste contexto o supino reto é considerado um dos exercícios mais eficientes no treinamento de peitorais, justamente por ter tais características.

É preciso entender que este é um exercício que parece altamente simples, afinal, basta empurrar a barra para cima. Porém, diversos detalhes fazem com que ele seja mais ou menos efetivo. Sua execução é complexa e precisa ser feita de maneira correta. Caso contrário, suas chances de lesão aumenta e o resultado de seu treino é comprometido!

Veja agora, algumas maneiras de potencializar os resultados do supino reto em seu treino!

Fazendo de maneira certa e melhorando os resultados

O primeiro ponto a ser levado em questão são as estruturas que envolvem o movimento. Por ser um exercício multiarticular, temos a participação de vários músculos. Os principais são o peitoral maior, motor primário, o deltoide e o tríceps braquial, que devem atuar como sinergistas. Porém, alguns detalhes na execução fazem com que ele seja mais ou menos efetivo para o motor primário.

Veja agora algumas técnicas para aumentar a intensidade e a efetividade do supino reto!

1. Evite os pontos de descanso:

Por ser um movimento composto por mais de uma articulação, é muito fácil de entrarmos em alguns pontos de descanso durante o movimento. Segurar por alguns segundos a barra encostada no peito é uma delas, como na imagem ilustrada acima e também ao final do movimento de supino reto, se você estender completamente a articulação do cotovelo, estará jogando grande parte da tensão sobre o tríceps, de maneira isométrica.

Desta maneira, temos uma solicitação maior neste músculo, que deve atuar apenas como sinergista. Por isso, antes que o cotovelo esteja totalmente estendido, pare o movimento e retorne a fase excêntrica.

2. Posicionamento correto das escápulas:

A estrutura das escápulas é muito importante para estabilizar uma série de movimentos. Por ser uma articulação bastante móvel, se elas estiverem posicionadas de maneira errada, o resultado será uma menor ativação muscular.

Independentemente da situação, as escápulas precisam estar em neutro (quando elas estão centralizadas, em sua posição natural) ou em adução (retraídas, que é quando elas ficam mais próximas).

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Se durante a execução do movimento de supino reto, você abduzir suas escápulas, o motor primário do movimento muda e passa a ser o serrátil anterior e o peitoral menor.

Desta maneira, você perde intensidade no movimento e o músculo que deveria ser o motor primário, que é o peitoral maior, acaba  atuando como um leve sinergista. Por isso, durante todo o movimento, mantenha as escápulas aduzidas ou em neutro. Desta forma, você irá eliminar a participação de músculos desnecessários do movimento.

3. Mantenha a contração durante o movimento:

Parece simplório, mas muitas vezes as pessoas por falta de posicionamento e de consciência corporal, acabam deixando o músculo relaxar durante a execução. Conforme expliquei no item 2, quem faz o movimento acontecer precisa ser o peitoral maior.

Se você não se concentrar a ponto de melhorar sua consciência corporal, quem fará grande parte da força é o tríceps braquial. Por isso, mantenha o peitoral maior contraído durante todo o movimento!

4. Tome cuidado com a cadência dos movimentos:

Há não ser que o seu objetivo seja um treino de potência, não existe explicação lógica para fazer o supino reto com uma velocidade elevada. Além de aumentar a sobrecarga em cima da articulação glenoumeral, você ainda estará perdendo intensidade.

Isso porque o movimento, quando feito de maneira muito rápida, usa muita energia elástica acumulada e faz com que a intensidade seja reduzida.

O ideal é uma cadência um pouco mais lenta, com pelo menos 1 segundo em cada fase. Mas lembre-se que isso tudo vai depender de seu objetivo!

Leia também: + Até onde devo descer a barra no supino reto?

5. Estabilize o Core:

Pelo fato de ser um exercício feito com apoio para as costas, não tira do Core a sua participação. É muito importante estabilizar toda a região do Core durante o movimento, para que o supino reto seja feito de maneira segura e consistente. Estabilizar o transverso do abdômen, por exemplo, pode te ajudar a impedir as famosas “roubadas” durante o movimento.

Sua coluna lombar precisa estar apoiada durante todo o movimento. Não tente imitar o que alguns powerlifters fazem, de elevar o quadril durante a execução, pois isso se enquadra no contexto de levantamento de peso e não de musculação!

6. Carga adequada:

Confesso que chega a ser chato falar tanto disso, mas vejo constantemente pessoas treinando no supino reto com mais carga do que deveriam. É muito importante que a sobrecarga externa seja adequada, pois ao usar muita carga, você perde qualidade de movimento.

Se você fizer tudo o que foi citado acima, com uma carga adequada e métodos de treinamento corretos, não haverá a necessidade de usar muito peso.

Lembre-se que a musculação serve para treinar se corpo e não seu ego. Se quer usar cargas elevadas, o powerlifting é o mais adequado, mas saiba que este esporte envolve riscos para os menos preparados!

Leia também: + Dicas de como aumentar a carga no supino

De maneira geral, o supino reto é um exercício bastante completo para o treinamento de peitorais, desde que ele seja feito corretamente. Aplique o que foi ensinado aqui e verá que não há a necessidade de uma carga elevada para conseguir uma boa intensidade no movimento.

Musculação precisa ser feita com inteligência, para que os resultados sejam duradouros e você tenha apenas benefícios! Bons treinos!

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Sandro Lenzi

CREF: 22643-G/SC Profissional de educação física apaixonado pelo desenvolvimento humano. Atuo como produtor de conteúdo, personal trainer e com consultoria online. Quer ter um treino personalizado? clique aqui.

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3 Comentários

  1. Achei curioso a fato de o texto afirmar que deve se manter a lombar apoiada e, na foto do artigo, a execução do atleta está sendo realizada com as costas arqueadas. E novamente diante deste fato, creio que não há prejuízo em um arqueamento das costas, ou se preferir, em um não apoio da lombar no banco de supino, pois se há a estabilização do quadril, core e das escápulas não há prejuízo de execução e nem de recrutamento, pelo contrário, há uma maior utilização das fibras do peitoral.

  2. Para uma carga maior. Estou em fase de bulking, esse exercício é indispensável né? Tendo por mais carga, mas não consigo. Por mais que eu queira tentar hipertrofia … Apesar de eu ter 82kgs, 40cm de bíceps contraído, mas não sai dos 37kg de cada lado no supino.

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