Treino de Costas

Puxada alta na polia: músculos solicitados, execução e variações

O exercício de puxada alta é um dos mais tradicionais exercícios da musculação. Veja neste artigo, como usá-la corretamente em seu treino!

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A puxada na polia alta é um dos exercícios mais usados no treino de dorsais.

Se você treina, provavelmente já utilizou este exercício, não é? Porém, muitas vezes, por ser um exercício comum, as pessoas não se atentam a fatores importantes.

A puxada alta é um movimento com muitas possibilidades e que trabalha com diferentes músculos.

Por isso, é fundamental entender seu funcionamento.

Execução correta da puxada alta e músculos solicitados

Basicamente, temos alguns pontos muito importantes na execução da puxada alta. Veja neste vídeo:

Perceba que a execução da puxada alta, no caso do vídeo, com pegada aberta, precisa ser feita com alguns cuidados.

Neste caso do vídeo, temos um movimento de adução do ombro, somada a uma flexão do cotovelo e uma adução das escápulas.

Desta maneira, os principais músculos solicitados são o latíssimo do dorso (grande dorsal), deltoides, bíceps braquial e braquial, trapézio e outros músculos menores, que tem função estabilizadora.

Neste sentido, a puxada alta na polia é um exercício fundamentalmente, para dorsais.

Leia também: => Latíssimo do dorso (grande dorsal), o que é e como treiná-lo

Durante a execução, precisamos ter alguns cuidados:

1.  Manutenção do movimento escapular durante todo o movimento:

Muitas pessoas que executam a puxada alta, sentem um trabalho muscular mais acentuado no bíceps e no antebraço. Isso acontece, por que o latíssimo do dorso acaba não sendo tão ativado durante esta execução. Ou seja, é um problema.

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Há inúmeros fatores que podem ocasionar isso, mas no geral, o mais comum é o movimento falha das escápulas.

Isso vai interferir diretamente na forma como os músculos são solicitados. Por isso, o primeiro ponto a ser observado, é se o movimento escapular não está prejudicado.

2. Manutenção de uma base estável

A coluna vertebral precisa estar com todas as suas curvaturas preservadas durante a execução da puxada alta.

Neste exemplo em específico, da puxada alta com pegada aberta, temos que projetar o corpo para trás.

Para que tenhamos uma boa base de apoio, todo o dorso, incluindo os músculos lombares, precisa estar bem alinhado.

Além disso, temos ainda que manter em contração, os músculos da região abdominal. Isso vai dar mais sustentação para o movimento, fazendo com que haja a estabilidade necessária.

3- O tronco deve manter-se estático

Muitas pessoas usam o tronco para impulsionar a carga, no início da fase concêntrica.

Isso em algumas raras exceções, é um erro. Afinal, estaremos trabalhando com outros músculos, que deveriam ser apenas estabilizadores.

Isso vai fazer com que a intensidade diminua e o exercício seja menos eficiente.

– Mas Sandro, aquele atleta famoso faz isso?

Falei logo acima, que há algumas raras exceções. O caso do método das repetições roubadas é um deles. Mas deve ser feito com total acompanhamento e apenas por pessoas bem treinadas.

Mas fora isso, não há a menor chance de isso ser algo proveitoso para seu treino.

4- Utilize o máximo possível de amplitude

Este é um exercício que permite uma grande amplitude, algo fundamental para a hipertrofia. Portanto, use isso com inteligência.

No ponto de máxima extensão do cotovelo, suas escápulas precisam estar também abduzidas, para que você tenha o máximo de extensão.

Lembre-se que neste caso, o que precisamos é de um bom trabalho de dorsais. Os bíceps, entrarão em um ponto de descanso neste caso de extensão do cotovelo, mas lembra que eles não são o foco?

Leia também: => Remada curvada – Saiba porque deve estar presente em seu treino – Veja a execução correta

Estes são alguns dos principais elementos da execução da puxada alta. Vamos agora, as variações!

Variações da puxada alta 

No geral, temos algumas possibilidades de variações da puxada alta. As 3 mais comuns são:

– Puxada alta com pegada aberta;

– Puxada alta com pegada fechada:

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– Puxada alta com triângulo:

 

Puxada alta no triangula

Existem mais, mas para o que quero te explicar, estas são as suficientes. Na puxada alta com pegada aberta, temos um movimento de adução do ombro. O motor primário deste movimento, é o latíssimo do dorso.

Já na execução fechada ou com triângulo, mudamos o movimento do ombro, para uma flexão. Isso interfere na solicitação muscular? Não, pois o latíssimo do dorso também executa este movimento.

Por isso, independentemente da variação, teremos um trabalho mais acentuado do latíssimo do dorso.

No geral, usamos estas variações para modificar as unidades motoras envolvidas no processo e enfatizar um estímulo diferente. Afinal, o motor primário e articulações envolvidas são as mesmas, mas o movimento é bem diferente.

Se usarmos com inteligência, teremos um excelente resultado, fazendo estas variações. Além disso, dependendo de cada caso, esta é uma forma interessante de usar estratégias de treino, como o Bi-set. Afinal, basta mudar a pegada e teremos um resultado bem melhor.

Puxada alta por trás da cabeça, é uma boa ideia?

Primeiramente, veja este vídeo:

Eu não utilizo muito a puxada alta por trás da cabeça. Primeiramente, como o professor Léo de Paiva Montenegro falou no vídeo, temos uma divisão do trabalho muscular entre peitoral e latíssimo do dorso. Isso gera menos intensidade.

Além do mais, este movimento gera uma rotação externa do ombro, que para a grande maioria das pessoas, pode ser lesiva. Isso, por que muitas pessoas têm instabilidade na articulação do ombro. Fato este, decorrente da falta de fortalecimento e estabilidade do manguito rotador.

Com isso, além de ser um movimento menos eficiente, ele acaba sendo um potencial gerador de lesões.

Isso vale para todo mundo?

Não. Há casos onde é possível usar este exercício, mas eles são bem específicos e direcionados para pessoas bem treinadas.

Pessoas iniciantes ou que não tem anos de treinamento, podem encontrar em outros exercícios, mais simples e seguros, um estímulo mais adequado.

A puxada alta traz inúmeras possibilidades de trabalho para o treino de dorsais.

Ela é um dos exercícios que são base para qualquer treino. Porém, é muito importante focar na qualidade e na inteligência ao utilizar este exercício.

Possibilidades de trabalhos intensos, temos muitas. Cabe ao seu treinador encontrar as que melhor se encaixam em suas necessidades. Bons treinos!

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Sandro Lenzi

CREF: 22643-G/SC Profissional de educação física apaixonado pelo desenvolvimento humano. Atuo como produtor de conteúdo, personal trainer e com consultoria online. Quer ter um treino personalizado? clique aqui.

6 Comentários

  1. Conteúdo riquíssimo, perfeito!
    Sou apaixonada pelo Treino Mestre
    Esclareceu minhas dúvidas, além do que ainda sou leiga.
    Aprendendo e me apaixonando a cada dia por esta profissão de Educador Físico.
    Abraço! Parabéns…

  2. Top demais!!! Este artigo tirou minhas dúvidas completamente!!! Fora o aplicativo mostrado, cinesiologia aplicada perfeita da execução, não tenho mais dúvida na execução do exercício!!! Gratidão!!!

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